A bancada federal do União Brasil no Ceará realiza nesta quarta-feira (27), em Brasília, uma reunião decisiva com o presidente estadual do partido, Capitão Wagner. O encontro marca um momento de mudanças importantes na liderança da sigla e na sua posição política no estado.
Pauta principal: filiação de Júnior Mano
A principal discussão gira em torno da filiação do deputado federal Júnior Mano, que está de saída do PL para ingressar no União Brasil. Ele assumirá a presidência estadual do partido, substituindo Capitão Wagner. A mudança tem o aval do presidente nacional da legenda, Antonio Rueda, e foi articulada em um acordo que envolveu o ministro da Educação, Camilo Santana, e o governador do Ceará, Elmano de Freitas.
Resistências internas
Nem todos os membros do União Brasil no Ceará apoiam a decisão. O deputado federal Danilo Forte (União-CE) posicionou-se contrário à saída de Wagner e defende que o partido mantenha sua independência política no estado. Apesar disso, a troca já está definida e conta com o apoio de outros parlamentares da legenda, como Moses Rodrigues (União-CE) e Fernanda Pessoa (União-CE).
União Brasil passa a integrar a base do Governo Elmano
Com a mudança na liderança estadual, o União Brasil-Ceará passará a compor a base do Governo Elmano, marcando uma reconfiguração no cenário político local. A aliança fortalece a articulação do governador com o partido, consolidando apoio no Congresso Nacional e na política estadual.
Contexto político
A movimentação reflete a estratégia de Camilo Santana e Elmano de Freitas de ampliar sua base de apoio, enquanto Antonio Rueda busca garantir alinhamento nacional do União Brasil com lideranças regionais influentes. Para Capitão Wagner, a mudança representa um momento delicado, já que ele perde a liderança do partido em meio a críticas de parte da bancada.
Impactos no cenário político
A inclusão do União Brasil na base do governo pode trazer mudanças significativas para a dinâmica política no Ceará. A aliança pode influenciar decisões na Câmara dos Deputados e reforçar a governabilidade do PT no estado, mas também pode gerar atritos entre alas do partido que defendem posturas mais independentes.
*Com CN7