No último domingo (06/10), 469 candidatos com referências religiosas em seus nomes de urna foram eleitos para cargos de vereador e prefeito no primeiro turno das eleições municipais. Esse número representa 0,74% dos candidatos, segundo um levantamento da Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados, da FSB Holding, baseado em informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em comparação com o pleito de 2020, houve um aumento de 6% no número de candidatos eleitos com identidades religiosas. Na época, 442 pessoas foram vitoriosas, equivalendo a 0,69% dos concorrentes. Se analisarmos os últimos 24 anos, entre 2000 e 2024, o crescimento dessas candidaturas foi de 63%, passando de 287 eleitos em 2000 para 469 neste ano. O recorde nesse intervalo foi registrado em 2016, com 485 eleitos, o equivalente a 0,76% das candidaturas daquele ano.
A maioria dos candidatos eleitos com nomes religiosos está associada à fé evangélica. Termos como “irmão”, “irmã”, “pastor” e “pastora” correspondem a 91,2% desse grupo. Em termos partidários, os partidos com maior número de eleitos com vínculos religiosos são o PP e o PSD, ambos com 51 eleitos, seguidos pelo MDB, com 50.
Entre os anos de 2000 e 2024, o total de candidaturas com identidades religiosas nas eleições municipais aumentou 225%, saltando de 2.215 para 7.260. Nesse mesmo período, o número total de candidaturas nas eleições municipais cresceu apenas 14%, de 399.330 para 454.689. Isso significa que o ritmo de crescimento das candidaturas religiosas foi 16 vezes superior ao aumento total das candidaturas.
Para identificar os candidatos com identidade religiosa, a Nexus aplicou filtros que incluíam termos relacionados a religiões evangélicas, católicas e de matriz africana. Entre as palavras analisadas, destacam-se “pastor”, “irmã”, “padre”, “babalorixá” e “ministra”, além de menções a divindades como Ogum, Iemanjá e Oxóssi.
Fonte: ANC