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CRUELDADE

Mulher é condenada por manter criança durante três anos em gaveta debaixo da cama

Mulher que escondeu bebê em gaveta por três anos é condenada no Reino Unido
A gaveta onde a menina era mantida — Foto: CHESHIRE POLICE/UNPIXS

Uma mulher foi condenada no Reino Unido por crueldade infantil após esconder sua filha em uma gaveta debaixo da cama por quase três anos. A criança, que foi encontrada semanas antes de completar três anos, apresentava deformidades físicas, erupções cutâneas e sinais de desnutrição severa. O caso ocorreu em Cheshire e foi julgado pelo Tribunal da Coroa de Chester.

Detalhes do caso

A mãe, cujo nome foi omitido para proteger a identidade da criança, manteve a filha isolada em uma gaveta debaixo da cama, sem o conhecimento de outros membros da família ou do parceiro. Durante o julgamento, o juiz Steven Everett condenou veementemente as ações da mulher, descrevendo-as como “catastróficas física, psicológica e socialmente”.

“Você privou aquela garotinha de qualquer amor, afeto, atenção, dieta adequada ou cuidados médicos necessários. Por puro acaso, seu terrível segredo foi descoberto”, afirmou o juiz.

A descoberta ocorreu após o parceiro da mulher ouvir barulhos no quarto e encontrar a criança. Inicialmente, ele saiu sem intervir, mas alertou parentes e os serviços sociais, que resgataram a menina.

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Situação da criança

Quando foi encontrada, a menina apresentava idade de desenvolvimento equivalente a um bebê de até 10 meses. Ela sofria de desnutrição e desidratação severas, sendo alimentada com Weetabix diluído em água por meio de uma seringa. A negligência foi tão extrema que a criança não sabia seu próprio nome e tinha pouca interação social, segundo a cuidadora que hoje acompanha sua recuperação.

Uma assistente social descreveu o momento do resgate: “A mãe respondeu naturalmente ‘sim, na gaveta’ quando questionada sobre onde estava a criança. Ela parecia indiferente à situação.”

Dois policiais choraram ao ouvir o relato da cuidadora no tribunal. “Ficou claro que ela não sabia seu próprio nome quando a chamávamos”, disse a cuidadora.

Alegações da mãe

Em sua defesa, a mulher alegou não ter conhecimento da gravidez e admitiu estar “assustada” ao dar à luz. Ela afirmou que a gaveta não era fechada e que o isolamento era uma forma de proteger a criança de um relacionamento abusivo com o pai.

A mulher se declarou culpada de quatro acusações de crueldade infantil, incluindo negligência, abandono e privação de cuidados médicos essenciais.

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Consequências

O caso trouxe à tona uma história de isolamento e sofrimento que chocou a comunidade. A criança está sob os cuidados de autoridades e apresenta sinais de recuperação, embora os danos físicos e emocionais ainda sejam avaliados.

Este é mais um exemplo da importância da atuação vigilante de serviços sociais para prevenir casos de abuso infantil.

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