No primeiro Clássico das Cores de 2024, Ferroviário e Fortaleza empataram por 1 a 1 no Presidente Vargas, pela quarta rodada do Campeonato Cearense. O Tubarão da Barra saiu na frente com Vinicius Alves, aos seis minutos do primeiro tempo, enquanto Machuca empatou no fim do jogo, já aos 45.
Com o resultado, o Tricolor do Pici chegou aos dez pontos e aumentou a vantagem na liderança do Grupo A – agora de dois pontos em relação ao Maracanã. Pelo lado coral, o empate manteve a equipe na terceira colocação, com sete pontos, empatado com o Iguatu e o Ceará.
O primeiro tempo do Clássico das Cores ficou marcado por uma atuação de gala do Ferroviário. Na estreia de Copertino no comando técnico, o Tubarão da Barra mostrou algumas qualidades que ainda não havia apresentado neste ano, sobretudo em relação a organização tática. Defensivamente, o Coral foi quase impecável e neutralizou por completo o Fortaleza.
Muito conscientes dentro de campo, os jogadores corais executaram com eficiência a estratégia de jogo, que tinha como pilar a compactação com duas linhas de quatro à frente do gol e velocidade nas transições. Um detalhe que chamou a atenção foi a tranquilidade do Tubarão. Sem se afobar, a equipe da Barra não ficou rifando bolas, pelo contrário. Priorizou troca de passes e por muitas vezes envolveu a marcação em bloco alto do Tricolor.
E foi exatamente neste modelo de jogo que o Ferroviário abriu o placar logo aos seis minutos. O lance, como um todo, foi muito bonito. Sobretudo pela construção: tiro de meta, bola trabalhada de pé em pé, triangulação e passe em profundidade para Vinicius Alves, que cara a cara com João Ricardo, não desperdiçou. Apesar do tento cedo, o Coral em nenhum momento abdicou de jogar.
Pelo lado do Fortaleza, o desempenho coletivo e individual do time deixou a desejar na primeira etapa. Pragmático, lento e sem criatividade, o Tricolor do Pici não conseguiu se encontrar como time. O Leão, até pela dinâmica esperada do confronto, teve a posse de bola — quase 60% —, mas sem objetividade. Não à toa, os comandados de Vojvoda não acertaram um chute certo sequer em direção a baliza de Douglas Dias.
No retorno do intervalo, o Fortaleza até ensaiou uma pressão, mas não sustentou por muito tempo. Vojvoda, então, começou a fazer modificações na equipe. Abriu mão do Pikachu para colocar Lucero e ter dois homens de referência na área. Pela esquerda, Moisés deu lugar a Machuca, enquanto Luquinhas foi trocado por Kervin. Na prática, o Leão permaneceu com os mesmos problemas do primeiro tempo: o último passe.
A má atuação individual de alguns jogadores do Tricolor, inclusive, tirou a paciência dos torcedores. Galhardo, por exemplo, recebeu fortes vaias ao ser substituído. Quando a partida parecia caminhar para uma vitória coral, Machuca resolveu para o Leão. Após bate e rebate na área, a bola sobrou para o argentino, que chutou e estufou as redes. Tudo igual no Clássico das Cores.
O Povo