Em novo desdobramento da investigação sobre um suposto golpe de Estado no Brasil, a Polícia Federal (PF) revelou nesta terça-feira (26/11) que o padre José Eduardo de Oliveira e Silva, um dos indiciados, teria elaborado e compartilhado uma “oração” pedindo intervenção militar.
De acordo com um relatório da PF, divulgado após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o padre teria enviado uma mensagem para um contato identificado apenas como “Frei Gilson”, propondo que todos os brasileiros, independentemente de sua religião, incluíssem em suas orações os nomes do ministro da Defesa e de outros 16 generais.
Na mensagem, o padre pede que Deus conceda aos militares “a coragem de salvar o Brasil”, “vencer a covardia” e “agir com consciência histórica”. A PF interpreta essa mensagem como um pedido explícito por uma intervenção militar.
A investigação
O padre José Eduardo de Oliveira e Silva foi indiciado pela PF em um inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado após as eleições presidenciais de 2022. Segundo a polícia, ele teria participado de reuniões com o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros aliados para discutir planos de subversão da ordem democrática.
Impacto da revelação
A divulgação da “oração do golpe” reforça as suspeitas sobre a participação do padre nos planos golpistas. A PF considera essa ação como mais uma evidência da tentativa de mobilizar setores da sociedade para pressionar as Forças Armadas a intervirem no processo político.