Depois que dedicou-se à missão do papado, Francisco naturalmente acabou afastando-se da família e da Argentina, seu país natal. Como Papa, ele nunca conseguiu encontrar sua irmã mais nova María Elena Bergoglio, que é pouco mais de dez anos mais jovem que ele, e a única viva entre os irmãos.
Logo que ele foi eleito, María Elena renovou o seu passaporte, no Ministério do Interior da Argentina, mesmo sabendo que não iria viajar naquele momento, segundo declarações suas da época. Seu objetivo era viajar ao Vaticano para visitar o irmão como Papa. No entanto, com a saúde debilitada, ela nunca foi liberada pelos médicos para a viagem, que seria longa e com uma grande carga emocional. Atualmente, ela é cuidada por freiras em Buenos Aires.
María Elena sempre fez questão de dizer que o irmão era próximo da família e costumava cozinhar nas reuniões. Segundo informações do jornal La Nacion, ela foi a primeira pessoa para quem Jorge Mario Bergoglio ligou ao ser anunciado como novo papa. Na conversa breve, ele pediu que ela enviasse mensagens ao restante da família e comunicasse que não conseguiria falar com todos. Os dois tiveram ainda outros três irmãos, que já morreram.
María Elena não acreditava que Jorge Mario seria escolhido para o papado. Segundo ela, ele não queria ser eleito. Em entrevista ao jornal O Globo, ela contou que tinha certeza que o brasileiro Dom Odilo Scherer seria o novo papa. Ela assistiu ao anúncio de casa e reuniu os dois filhos para assistir à cerimônia de posse. Nas duas ocasiões, ela conta que chorou do início ao fim.
Extra