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Rússia pode criar o ‘ministério do sexo’ para combater baixa taxa de natalidade

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A Rússia pode em breve ganhar um “ministério do sexo” na mais recente medida para enfrentar a queda na taxa de natalidade do país, de acordo com o “Daily Mirror”.

A integrante do Partido Comunista Nina Ostanina, de 68 anos, presidente do comitê do Parlamento russo para Proteção a Família, Paternidade, Maternidade e Infância e aliada do presidente Vladimir Putin, está examinando uma petição exigindo tal medida. Isso ocorre enquanto os funcionários do governo estão apresentando inúmeras ideias para atender à demanda de interromper o declínio demográfico agravado pelas centenas de milhares de mortos na guerra na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022.

Uma das propostas bizarras é desligar a internet — e até mesmo as luzes — entre 22h e 2h para encorajar os casais “entediados sem a tecnologia” a fazer sexo. Outra ideia é que o Estado pague as mulheres que ficam em casa criando filhos para fazerem tarefas domésticas e inclua isso nos seus cálculos de pensão. Outra noção é que o Estado deve pagar pelos primeiros encontros entre pretendentes até o valor de 5.000 rublos (cerca de R$ 295). A mídia ocidental chegou a noticiar que Putin estaria incentivando os russos a fazerem sexo durante o expediente de trabalho.

Outra proposta é que dinheiro público financie noites de núpcias em hotéis para casais até um valor de 26.300 rublos (R$ 1.530) na esperança de que isso estimule gestações.

O objetivo do “ministério do sexo” (o nome oficial ainda não foi escolhido) seria assumir o controle de iniciativas para aumentar a taxa de natalidade, de acordo com a revista Moskvich.

A taxa de natalidade em países desenvolvidos está caindo a níveis alarmantes. Mas em nenhum país a situação é tão dramática quanto a Rússia. Nos primeiros seis meses de 2024, a Rússia registrou a sua menor taxa de natalidade desde 1999.

Para mudar o cenário, na região de Moscou, o Estado está se intrometendo na vida sexual das mulheres em uma tentativa de forçá-las a ter mais bebês. Questionários íntimos sobre sexo e menstruação foram enviados a funcionárias do setor público, num modelo que deverá servir como base para um interrogatório nacional de mulheres.

Aquelas que se recusam a responder são ordenadas a comparecer a consultas médicas onde são feitas as mesmas perguntas invasivas. Entre as dezenas de perguntas pessoais, estão:

  • Com que idade você começou a fazer sexo?
  • Você usa camisinha durante a relação sexual?
  • Você usa contraceptivos hormonais (por exemplo, pílulas anticoncepcionais)?
  • Você sente dor durante a relação sexual?

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