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Professores cariocas fazem nota de repúdio por troca de nome de escola para Silvio Santos

O Colégio Estadual Amaro Cavalcanti, no Largo do Machado, no Rio de Janeiro, completa 150 anos neste ano, mas vive um momento de indignação dos professores, quando, no primeiro dia de outubro, foram surpreendidos com a decisão da secretária de Estado de Educação, Roberta Barreto, que, sem consultar a comunidade escolar, publicou no Diário Oficial do Estado a Resolução 6291, determinando a mudança do educandário para Senor Abravanel, o verdadeiro nome do apresentador Silvio Santos, falecido em agosto último.

A decisão, tida como afoita, está causando revolta na escola, segundo relatos colhidos pelo Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Estado do Rio (Sepe).

Segundo o sindicato, a justificativa apresentada pela secretária em sua resolução é de que Silvio Santos era uma figura pública de grande expressão no cenário nacional no campo da comunicação e do entretenimento e foi aluno da escola, o que justificaria a homenagem.

Na nota de repúdio, “os professores lotados no Amaro Cavalcanti se mostram surpresos com a resolução e lembram que a escola é uma das oito construídas no Segundo Reinado de Dom Pedro II, entre 1871 a 1875, e que é uma escola tombada pelo Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1990”.

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Os professores reclamam que aos 150 anos de história não houve uma homenagem ou melhorias por parte desse governo. “Ao contrário, decreta mudança de nome, descaracterizando a história, a memória e sua identidade, enquanto instituição histórica de educação pública, desrespeitando a comunidade escolar, que nem ao menos foi consultada e que a instituição necessita de outras medidas que tragam de volta a qualidade de ensino que a caracterizou, e agora tem sua comunidade escolar ignorada. Ao invés de renomeá-la, se faz necessário a climatização das salas de aula, obras na infraestrutura e demais funcionários, já que não conta com inspetores escolares numa comunidade escolar tão grande, que precisa ser considerada como parte de uma educação pública que precisa urgentemente ser democratizada quanto às decisões que lhe cabe”.

O deputado estadual Carlos Minc (PSB) apresentou um Projeto de Decreto Legislativo (PDL), no dia 2 de outubro, sustando a decisão da Secretaria Estadual de Educação. Concomitantemente, a deputada Martha Rocha (PDT), enviou um Projeto de Lei propondo a mudança da nova denominação para sua denominação original (CE Amaro Cavalcanti).

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Ambos projetos terão que passar pelo processo de tramitação na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), além de tramitar por duas comissões da Casa, a CCJ (Constituição e Justiça) e Educação, tendo cada uma delas 30 dias para análise da proposta. Em casa de aprovados os projetos, eles serão enviados para votação em plenário em duas sessões, podendo receber emendas e voltar para a CCJ e a Comissão de Educação.

* Fonte: Veja Rio

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