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Mulher dá à luz ‘bebê gigante’ de 5 kg em hospital público de Quixeramobim, no Ceará

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Uma mulher deu à luz um bebê de pouco mais de cinco quilos em um hospital público de Quixeramobim, no Interior do Ceará. Antony Gael, filho da agricultora Daniela Barbosa Nobre, nasceu no último dia 24 de outubro, na unidade de obstetrícia do Hospital Regional do Sertão Central (HRSC).

Devido ao peso da criança, o parto é considerado um registro raro na medicina. Isso porque, em geral, um recém-nascido pesa, em média, 3,5 kg, e Gael nasceu com 5,1 kg.

De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), a cesárea foi realizada “sem qualquer intercorrência“. O caso de Daniela já era acompanhado com mais cuidado pela equipe de obstetrícia do HRSC. “Mãe e filho não apresentaram nenhum problema no pós-parto e receberam alta dias depois“, afirmou a pasta.

A agricultora tem outros dois filhos. À Sesa, ela contou que as primeiras crias não nasceram tão “grandes”, mas confessou que já imaginava que Gael fosse maior pelos sintomas que sentiu ao fim da gestação. “A partir do sétimo mês, eu estava me sentindo muito cansada. Não podia fazer nada que cansava. A barriga ficou enorme”, lembrou.

O nome para o parto de recém-nascidos com peso igual ou superior a quatro quilos é “macrossomia“. Segundo o pediatra Paulo Fernandes, que atua no hospital onde Gael nasceu, a situação pode ser resultado tanto de fatores genéticos como, também, de uma pré-disposição da gestante a diabetes — o que é mais comum nesses casos. 

O peso do bebê é identificado ainda no acompanhamento pré-natal. Quando está acima do usual, é indicado o parto cesáreo, por razões de segurança. Além disso, Fernandes reforça que, embora Gael esteja bem de saúde, é necessário ser acompanhado de perto por um pediatra e por um nutricionista.

Um documento de 2011 da Associação Médica Brasileira (AMB), que aborda diretrizes para o cuidado com “recém-nascido macrossômico” (RNM), aponta que a ocorrência de hipoglicemia nesses bebês é alta, o que justifica a monitoração frequente quanto ao desenvolvimento de níveis baixos de glicose.

“Nosso cuidado é em descobrir o que está causado o peso incomum. A depender da causa, nossa equipe atua com os cuidados pós-nascimento”, diz a enfermeira obstétrica e coordenadora da unidade de obstetrícia do HRSC, Cris Ângela. “A equipe faz o acompanhamento da glicemia, promove o estímulo ao aleitamento, faz a monitoração das mamadas e oferta uma fórmula específica para complementar, caso haja necessidade calórica do bebê”, garante ela.

Diário do Nordeste

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