Os três senadores do PDT divulgaram uma nota de apoio ao Governo Lula após a bancada de deputados federais do partido anunciar, nesta terça-feira (6), rompimento com o Palácio do planalto.
O epicentro da crise interna foi a exoneração do então ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, que, após gerar constrangimento ao Governo com o escândalo de desvio de dinheiro de aposentados e pensionistas, entregou o cargo.
Com a saída de Lupi, o ex-deputado federal Wolney Queiroz (PDT) assumiu o comando do Ministério da Previdência Social. A bancada de deputados federais entendeu que o nome de Queiroz não era indicação do partido, mas sim uma escolha pessoal do presidente Lula.
SENADORES X DEPUTADOS FEDERAIS
Descontente a bancada do PDT na Câmara assumiu uma postura de independência sinalizando rompimento com o Governo, mas os senadores entraram na contramão e reafirmaram, por meio de nota, apoio à gestão petista.
“A bancada do Senado respeita a posição da bancada na Câmara dos Deputados e, embora tenha um posicionamento diferente, reitera que o partido segue unido em defesa dos ideais trabalhistas”, disse o líder da legenda, Weverton Rocha (MA), que compõe a bancada do PDT ao lado dos senadores Paulo Lobato (MA) e Leila Barros (DF).
ESCÂNDALO NO INSS
O escândalo no INSS ficou configurado com a operação da Polícia Federal e da CGU (Controladoria Geral da União) que descobriu desvios de R$ 6,3 bilhões de aposentadorias e pensões.
O roubo do dinheiro dos beneficiários do INSS começou em 2016 e, a cada ano, foi se ampliando. O escândalo ganhou proporções diante da omissão do INSS e do Ministério da Previdência Social.
A Polícia Federal e a CGU mostram que os descontos, feitos de forma indevida, encheram os cofres de entidades sindicais e associativas.
Do total de descontos, R$ 4 bilhões foram feitos nos anos de 2023 e 2024, durante a gestão de Carlos Lupi. As fraudes geraram desgastes à imagem do Governo Lula e derrubaram Carlos Lupi do Ministério da Previdência Social.
Ceará Agora