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Cid sobre Ciro: “Não foi traição. Traição é algo que você faz e não avisa”

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Em meio à crise do PDT no Ceará, o senador Cid Gomes (PDT) quebrou o silêncio acerca da relação estremecida com o irmão e ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que os colocou em lados opostos na atual disputa que se instaurou pelo diretório estadual da sigla trabalhista.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, o parlamentar cearense rebateu declarações recentes de Ciro e negou que tenha traído o irmão na disputa eleitoral do ano passado.

“Não foi traição. Traição é algo que você faz e não avisa. Eu avisei que não me manifestaria sobre a eleição estadual. Agora Ciro fica aí falando de facada”, argumentou Cid em entrevista divulgada neste domingo, 2, de julho. Nas últimas semanas, Ciro repetiu o argumento de que foi traído pelo irmão e que teria recebido uma “facada nas costas”.

Ciro reclama que Cid teria priorizado a manutenção da aliança estadual com o PT, do ex-governador e ministro da Educação, Camilo Santana. Cid evitou se manifestar sobre a disputa estadual, que teve candidaturas do PT e do PDT disputando e não participou ativamente da campanha de Ciro à presidência em 2022.

Anteriormente, Cid disse que não comentaria as críticas feitas pelo irmão. “Problema familiar a gente resolve dentro de casa. Em respeito à memória do meu pai, doutor José Euclides Ferreira Gomes, e da minha mãe, dona Maria José, que não estão mais conosco, eu não comentarei nenhuma declaração do Ciro; nem as passadas nem as que vierem no futuro”, disse no último dia 26, em Fortaleza.

Cid lembrou ainda que havia avisado que não se manifestaria na disputa estadual do ano passado e que projetava a derrota do PDT na configuração de rompimento com o PT em 2022. “Me recolhi para não brigar com Ciro e me resguardei. Eu avisei que não iria manifestar na eleição estadual”, disse Cid na entrevista. “Tudo que eu previ aconteceu. Tivemos uma grande derrota”, reforçou.

Cid também não compareceu a eventos finais da campanha de Cid, em carreatas em Fortaleza e Sobral. O prefeito de Sobral Ivo Gomes (PDT) também não compareceu. À Folha, Cid explicou o motivo das ausências. “Não fomos porque ele estava com Roberto Cláudio (então candidato do PDT ao governo do Ceará). Eu e Ivo propusemos que Ciro fizesse uma agenda sem Roberto, mas ele não quis”, alegou.

Cid disse ainda que os desgastes do processo eleitoral de 2022 geraram “os piores meses da minha vida” e reforçou declarações anteriores de que esperava que a situação mudasse com o fim do pleito, o que não ocorreu até agora.

Nove meses após o primeiro turno das eleições, os irmãos continuam em lados opostos dentro do PDT. Atualmente, Cid disputa a presidência estadual do partido com o atual líder do diretório, o deputado federal André Figueiredo, que é apoiado por Ciro.

A Executiva Nacional do PDT tem reunião marcada para esta segunda-feira, 3 de julho, em Brasília. Há possibilidade de que o diretório nacional, também comandado por Figueiredo, dissolva a executiva estadual, atualmente composta por maioria pró-Cid. A executiva estadual havia marcado uma reunião para o próximo dia 7 de julho na qual articula a destituição de Figueiredo para encaminhar o comando do PDT Ceará a Cid.

Com a antecipação anunciada pelo diretório nacional, um grupo de prefeitos e parlamentares cearenses ligados ao senador Cid Gomes promete viajar para a capital federal a fim de participar do debate que, dentre outras coisas, pode definir os rumos da sigla trabalhista no Estado.

O Povo

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