Reportagem divulgada no Fantástico deste domingo (24), revelou a existência de áudios que expõem um plano golpista arquitetado por militares da alta patente após as eleições presidenciais de 2022. Os áudios, que circulavam em um grupo fechado de militares, detalham uma trama com o objetivo de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de outros membros do governo.

São pelo menos 55 áudios que revelam conversas sobre a execução do presidente eleito, de seu vice, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em um dos áudios atribuídos ao general Mário Fernandes, ex-número 2 da Secretaria-Geral da Presidência, ele afirma: “Durante a conversa que eu tive com o presidente, ele citou que o dia 12, pela diplomação do vagabundo, não seria uma restrição? Qualquer ação nossa pode acontecer até 31 de dezembro e tudo”.

A divulgação desses áudios causou grande repercussão nas redes sociais e na sociedade brasileira, gerando debates sobre a gravidade da situação e a necessidade de apuração rigorosa dos fatos. As autoridades competentes devem investigar a fundo essa trama golpista e responsabilizar os envolvidos.

Investigações da Polícia Federal (PF) indicam que Mário Fernandes, ex-número 2 da Secretaria-Geral da Presidência e general da reserva, esteve à frente da articulação do plano.

Em áudio atribuído a Mário Fernandes, ele diz: “Durante a conversa que eu tive com o presidente, ele citou que o dia 12, pela diplomação do vagabundo, não seria uma restrição? Qualquer ação nossa pode acontecer até 31 de dezembro e tudo”

Em uma conversa com um oficial do Exército não identificado, Mário Fernandes fala que “o presidente tem que decidir e assinar essa…”, enquanto o outro responde: “Vai esperar virar uma Venezuela para virar o jogo, cara? Democrata é o…”.

O policial federal Wladimir Matos, em áudio, disse que “o Lula estaria ali no prédio do Meliá. Essa… tem que virar logo. Não dá para continuar desse jeito não, irmão. Vamos nessa. Eu tô pronto”. Wladimir é acusado de passar informações da localização e da equipe de segurança de Lula para os militares.