Três séculos depois, arqueólogos brasileiros descobrem um tesouro: uma cidade portuguesa perdida, do século 18, no meio da Amazônia. Exploradores de ouro passavam por lá porque era caminho para o transporte da preciosidade.
A descoberta foi feita pela equipe do arqueólogo Eduardo Neves, do projeto Amazônia Revelada.
E foi possível chegar à cidade perdida graças à ajuda da tecnologia LiDAR (Light Detection and Ranging), um sensor remoto que usa feixes de laser para medir distâncias e movimentos em tempo real.
O arqueólogo Eduardo Neves disse que se acredita que ali, naquela área, havia uma vila colonial portuguesa. A cidade ficava perto do município de Costa Marques, em Rondônia.
De acordo com os pesquisadores, o local era usado para o transporte de ouro pelo rio Guaporé.
A equipe comprovou a existência de estruturas, abandonadas e danificadas pelo tempo, que provavelmente correspondia às ruas da vila.
Segundo os pesquisadores, a instalação dos portugueses na região ocorreu após o Tratado de Tordesilhas, em 1750. Até então, a área fazia parte da Espanha.
O local foi transformado pelos portugueses e virou um pequeno centro econômico. Infelizmente, na época, era comum o uso de mão de obra escrava.
Em 1822, com a independência, o local foi abandonado. Os portugueses levaram o que conseguiram.
E a floresta amazônica cresceu sobre a antiga civilização, informou o nd+.
Diário do Nordeste