Um pequeno município a 80 quilômetros a noroeste de Vitória, na região central do Espírito Santo, é considerado a capital nacional do ovo do Brasil. Em meio às montanhas capixabas, Santa Maria de Jetibá está localizada a uma altitude de 700 metros acima do nível do mar, com o ponto mais alto a 1.450 metros e produz 132 por segundo.

Essa geografia garante à cidade uma das temperaturas mais amenas do Espírito Santo e um clima ideal para a criação de galinhas dedicadas à produção comercial. Só em 2024, foram 4,16 bilhões de unidades ao longo do ano, segundo a mais recente Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) do IBGE.

O desempenho do ano passado consolidou Santa Maria de Jetibá como maior produtor nacional, com quase 1 bilhão de unidades a mais que o segundo colocado. A produção do município cresceu 9,3% em comparação ao ano anterior, o que significa dizer um incremento de 354 milhões em relação a 2023.

Não por acaso que o chamado “rei do ovo”, o empresário Ricardo Faria, CEO da Global Eggs, mantém na cidade uma das 20 unidades de ovos comerciais que a empresa possui no Brasil.

Chegando ao topo

O domínio Santa Maria de Jetibá na produção nacional de ovos já dura quase dez anos. Em 2016, o município ultrapassou Bastos (SP) no ranking brasileiro e desde então não saiu mais do topo do pódio. A cidade paulista produziu no ano passado 3,24 bilhões de ovos, 11,2% a mais que no ano anterior.

Entre os Estados, São Paulo lidera a produção de ovos no Brasil. Em 2024 foram 15,3 bilhões de unidades. O desempenho fez com que as granjas paulistas obtivessem uma fatia de 23,5% de toda a produção nacional.

Na sequência aparecem Paraná, com 9,6% da produção, Minas Gerais (9,5%), Rio Grande do Sul (7,2%) e Espírito Santo (7,1%). Pernambuco, Santa Catarina, Ceará, Mato Grosso e Goiás foram o top 10 dos Estados que mais produziram ovos no Brasil em 2024.

Istoé Dinheiro