As próximas safras de mel produzidas no Ceará, que seriam exportadas para os Estados Unidos, serão destinadas à merenda da rede estadual de ensino cearense. A medida tem o objetivo de mitigar os impactos do tarifaço de Trump sobre o setor, que exporta 95% de sua produção para os EUA.
Segundo Joventino Neto, presidente da Federação dos Apicultores do Estado (Fecap), o governo negociará o preço do mel conforme a tabela da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que atualmente fixa o valor médio do quilo em R$ 61,50, bem superior aos R$ 16 pagos pelo mercado norte-americano.
Ou seja, o Ceará pagará quase 3,84 vezes mais pelo mel produzido localmente do que os estadunidenses. Marcos Jacinto, secretário-executivo da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA), confirmou que o Estado deverá seguir os valores estabelecidos pela Conab, mas ressalta que a negociação segue entre a pasta e o setor produtivo.
DN