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Único mesário cego de Fortaleza no 2° turno elogia urnas eletrônicas; ‘bastante seguro’

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A seção 445 da escola Maria José Santos Ferreira Gomes, em Fortaleza, ganhou um reforço inédito para o pleito municipal de 2024. Localizada no bairro Quintino Cunha, a zona eleitoral conta com o jornalista Roberto Santiago, 48, único mesário cego de Fortaleza no segundo turno das eleições.

A novidade não é só para quem vai votar, mas também para o próprio Roberto, que participa do processo eleitoral como mesário pela primeira vez. A inspiração para contribuir com a eleição na Cidade veio da esposa, Alanna, também deficiente visual e mesária em uma outra escola do bairro.

Exercendo a função desde 2022, Alanna não pôde participar do segundo turno por motivos de doença, o que fez do estreante Roberto o único mesário cego na decisão do futuro prefeito de Fortaleza para o mandato 2025-2028. O desejo de ser mesário, inclusive, surgiu em Roberto após acompanhar a primeira experiência da esposa nas eleições majoritárias daquele ano.

“O País precisa deste serviço. A gente como eleitor quer chegar e ter todo o suporte para votar. Para isso é preciso que alguém se disponibilize a fazer o serviço. É uma experiência diferente você exercer esse trabalho, contribuir com a cidadania”, comenta o voluntário.

Trabalho como mesário

Na zona eleitoral, Roberto é responsável por identificar o número do título de cada eleitor que chega para votar. Esse serviço é possível graças a um sistema que combina leitor de tela para deficientes visuais e um aviso sonoro, o qual ele usa para buscar os nomes dos votantes.

A atividade é feita em parceria com outros dois mesários, onde o primeiro passa os nomes dos eleitores para o jornalista realizar as buscas e um outro libera a urna para votação, a partir do número de título informado por Roberto.

Essa é a mesma função realizada por Alanna no CEI São Carlos, também no Quintino Cunha. O mesário conta ter ficado ansioso antes de estrear na função, mas contou com o apoio da companheira já experiente no cargo.

“Fiquei um pouco ansioso, porque né? Primeira vez realizando uma tarefa. A gente vai pegando as manhas. Ela [Alanna] me ajudou bastante. Me passou como era todo o trabalho, o fluxo, trabalho com arquivo eletrônico. Em casa não faltou diálogo”, conclui.

Votante desde 1992, Roberto lembra das primeiras eleições que participou, ainda com o uso de cédulas. O jornalista recorda a falta de acessibilidade à época, quando precisava decorar a ordem dos candidatos dispostos na cédula, que era informada por um mesário.

Hoje, destaca a acessibilidade da urna eletrônica, que com teclas em braile, sonorização, entre outros dispositivos, fornece mais autonomia para o eleitor cego e credibilidade para o processo eleitoral.

“A urna é muito acessível. Ela é toda sinalizada com o braile e ela tem a voz, então é bem tranquilo você votar. Eu me sinto bastante seguro em utilizar a urna eletrônica. Ela te dá um feedback completo do que você está fazendo”, conclui o mesário.

O Povo

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