O Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o Ministério Público do Ceará (MPCE), estão de olho bem aberto, para acompanhar todos os gastos e ações nos municípios onde os prefeitos eleitos são de oposição, e não possuem ligação com o atual grupo político que está no poder.
Um painel foi criado para acompanhar as ações da transição em 38 municípios onde houve mudança do grupo político à frente da administração. O que se visa evitar e combater é o possível descaso com a gestão pública.
Na velha política do interior, quando prefeitos que não se reelegem ou que não conseguem eleger seu sucessor, sendo obrigados a passar o comando da prefeitura para opositores, é comum a ocorrência de serviços descontinuados, pessoas demitidas, pagamentos suspensos, entre outros. O que o TCE e o MPCE querem é evitar essa situação.
Um dos 38 municípios que serão monitorados é Canindé. A cidade foi a única do Sertão Central onde o atual grupo político perdeu para a oposição. Por lá, apesar dos esforços e até da ajuda do governador Elmano de Freitas, a prefeita Rosário Ximenes não conseguiu eleger seu sucesso. Ela já estava há dois mandatos e não podia se reeleger.
O Painel da Transição nos municípios acompanhará em tempo real a virada do ano nas prefeituras. Com exceção de Fortaleza e Caucaia, que aguardam definição no 2º turno, em 91 municípios os atuais gestores foram reeleitos. Nos outros 91 haverá alternância de gestões.
Na última semana a atuação das Promotorias de Justiça do Patrimônio Público nas Prefeituras onde haverá mudança de gestão foi tema de reunião. A Transição Responsável visa acompanhar a mudança de mandato, fortalecer a cultura da preservação dos bens públicos, garantir a continuidade do serviço público e evitar possível dilapidação do patrimônio.
Revista Central