Através da Promotoria da 33ª Zona Eleitoral, o Ministério Público, , apresentou representações contra três pré-candidatos à Prefeitura de Canindé, acusando-os de propaganda eleitoral antecipada. Os envolvidos são os vereadores Francisco Jardel Sousa Pinho e Maria Sandra da Silva Cordeiro, além do ex-secretário municipal José Kledeon Viana Paulino. As ações foram movidas pelo promotor eleitoral Jairo Pequeno Neto.
Segundo o MP, no dia 9 de fevereiro de 2024, o vereador Francisco Jardel Sousa Pinho usou a estrutura da Câmara Municipal para lançar sua pré-candidatura à Prefeitura. Ele fez o anúncio no púlpito da Casa Legislativa e usou o sistema de transmissão da sessão para divulgar o ato. O vídeo foi postado nas redes sociais dele. Para o Ministério Público, Jardel extrapolou as funções legislativas, fazendo um discurso com tom eleitoral e apelativo, além de criticar a atual gestão municipal e sugerir um esquema de arrecadação de recursos ilícitos para a campanha.
De maneira similar, a vereadora Maria Sandra da Silva Cordeiro também utilizou a estrutura da Câmara para anunciar sua pré-candidatura no dia 23 de fevereiro de 2024. Ela publicou o vídeo do ato nas redes sociais e, em 3 de maio de 2024, voltou a falar sobre sua pré-candidatura durante uma sessão na Câmara. A promotoria destacou ainda que Sandra fez várias postagens com a frase “JuntosSomosMaisFortes”, sugerindo união em torno de sua candidatura e prometendo maiores conquistas se eleita.
Já o ex-secretário José Kledeon Viana Paulino tem utilizado suas redes sociais para promover sua pré-candidatura com o slogan “Canindé do Lado Certo”. Ele tem feito postagens destacando obras realizadas durante sua gestão como secretário, sugerindo que seu trabalho ainda não terminou. Em algumas postagens, ele aparece ao lado da prefeita Rozário Ximenes, tentando associar suas realizações à administração atual. Para o MP, essa estratégia evidencia a tentativa de associar sua imagem à da prefeita, sugerindo continuidade e progresso, e insinuando que votar nele é a escolha certa.
De acordo com o promotor Jairo Pequeno Neto, o Ministério Público está trabalhando para garantir que não haja desigualdade no processo eleitoral. As representações visam assegurar que todos os candidatos tenham as mesmas oportunidades e que a legislação eleitoral seja respeitada.
O caso ainda será analisado pela Justiça Eleitoral, que determinará as próximas ações a serem tomadas contra os pré-candidatos envolvidos.
Fonte: ANC
