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O FIM

Morte do Papa Francisco reacende crença na profecia de São Malaquias: argentino seria o último pontífice antes do ‘fim do mundo’

AMAL

Após a notícia da morte do Papa Francisco, nesta segunda-feira (21/4), muitos fiéis começaram a se lembrar da profecia de São Malaquias (1094-1148), de 900 anos. Este antigo documento é considerado um dos mais místicos da Igreja Católica. De acordo com este manuscrito, o Papa Francisco é o último papa antes do fim do mundo.

No século XIII, o arcebispo de Armagh, um monge irlandês chamado Malaquias (nascido Maol M’Aedhóg Ua Morgair), supostamente recebeu uma visão mística. Nela, ele viu todos os futuros Papas de Roma, começando com Celestino II e terminando com o último, que seria Francisco. No total, esta lista inclui 112 Papas (Francisco foi o 112º), cada um representado por uma breve descrição simbólica.

O último da lista leva o nome latino “Petrus Romanus” – Pedro, o Romano. E é precisamente após seu pontificado, de acordo com as linhas proféticas:

“Na perseguição final da Santa Igreja Romana, reinará Pedro, o Romano, que apascentará seu rebanho em meio a muitas tribulações, após as quais a cidade das sete colinas será destruída, e o Juiz terrível julgará o povo.”

Este documento de 900 anos foi encontrado há relativamente pouco tempo nos arquivos do Vaticano. E, de acordo com a antiga “Profecia dos Papas”, o fim do mundo pode ocorrer já em 2027.

O documento foi publicado pela primeira vez em 1595 pelo monge beneditino Arnold de Wyon. Em 2024, foi lançado um documentário sobre o Papa Sisto V (1585-1590), a quem se atribui o texto da profecia (Malaquias não a teria redigido). Acredita-se que seu reinado ocorreu aproximadamente na metade do período previsto e que o fim do mundo ocorrerá exatamente 442 anos depois – ou seja, em 2027.

Os intérpretes da profecia debatem há muito tempo quem exatamente é o último papa. Formalmente, Francisco é o 112º na lista. Embora seu nome não seja Pedro, o fato de ter escolhido o nome Francisco (em homenagem a São Francisco de Assis, que por sua vez está intimamente associado ao simbolismo profético) deu origem a muitas interpretações.

Além disso, Francisco tem repetidamente feito declarações ousadas sobre o futuro da Igreja, a catástrofe climática e a crise espiritual do mundo, temas que são constantemente associados ao “Apocalipse”.

Alguns interpretam a antiga profecia como uma indicação de que o Papa Francisco é o “último papa”, enquanto outros acreditam que o “último” será aquele que o substituirá ou que este “último” teria autoridade papal questionável.

A maioria dos pesquisadores modernos concorda: mesmo que a profecia não seja literal, seu simbolismo pode apontar para o fim de uma era importante na história da Igreja Católica.

Segundo historiadores, as primeiras 74 previsões sobre papas foram notavelmente precisas. Mas as frases subsequentes tornaram-se mais vagas. Existe a teoria de que o texto foi forjado em algum momento ou que outra pessoa continuou a escrevê-lo, como se o texto estivesse “fracionado”.

O Vaticano não reconhece a autenticidade da profecia de São Malaquias. Ela é considerada uma invenção criada no século XVI para fins políticos. No entanto, dada a notável correspondência entre as descrições da profecia e os verdadeiros papas, ainda restam dúvidas, que foram alimentadas através dos séculos por coincidências que até os céticos consideram impressionantes:

  • “Gloria Olivae” (“Glória da Oliveira”): alguns acreditavam que esta fosse uma previsão do Papa Bento XVI, já que a Ordem de São Bento está associada aos ramos de oliveira.
  • “De labore Solis” (“Do trabalho do Sol”): uma referência ao Papa João Paulo II, que nasceu durante um eclipse solar.
  • “Peregrinus apostolicus” (“Peregrino Apostólico”). É frequentemente associado ao Papa Paulo VI, que viajou extensivamente.

O historiador papal Anura Guruge afirma que, apesar de a profecia usar o nome de São Malaquias, não vale a pena prestar atenção nela.

“O fato é que Malaquias é um santo católico, então alguns católicos atribuem qualidades mágicas ou espirituais à visão. O que eles tendem a não entender é que, muito provavelmente, tudo isso é uma falsificação”, disse ele em declaração publicada no site “U.S. Catholic”.

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