A Justiça Eleitoral do Ceará está investigando supostas práticas de abuso de poder político e econômico nas Eleições 2024 envolvendo o prefeito de Ubajara, Renê de Almeida Vasconcelos (PDT), o prefeito eleito Adécio Muniz Paiva Filho (PSB), e o vice da chapa vitoriosa, José Roberto da Costa Silva (PDT).
O caso está sob a responsabilidade do juiz Anderson Alexandre Nascimento Silva, da 73ª Zona Eleitoral de Ibiapina. Em decisão recente, o magistrado negou a liminar que pedia a cassação imediata dos mandatos, argumentando que a medida violaria o devido processo legal e o direito à defesa:
“É preciso respeitar a vontade popular. Uma antecipação de eventual efeito de sentença, sem o devido processo legal, é temerária.”
Documentos solicitados para análise das acusações
Apesar de negar a liminar, o juiz determinou a continuidade das diligências. Em despacho emitido na última quinta-feira (21), foi solicitado um conjunto de documentos da administração municipal de Ubajara, com prazo de cinco dias para apresentação:
- Folhas de pagamento (janeiro a setembro de 2024): Inclusão dos respectivos processos seletivos.
- Detalhamento da folha de profissionais de saúde (janeiro a setembro de 2024): Incluindo processos seletivos realizados.
- Documentação dos beneficiários da Secretaria de Cultura (2024): Relatórios de valores e processos seletivos realizados.
O despacho também estabeleceu uma multa pessoal de R$ 100 mil ao procurador-geral do município caso o prazo não seja cumprido.
Próximos passos e impacto político
A investigação segue com foco no levantamento de evidências que possam comprovar ou refutar as acusações. O caso é acompanhado de perto por lideranças locais, devido ao impacto que uma eventual condenação pode trazer para o cenário político de Ubajara.
*Com Diário do Nordeste