O governo federal registrou um déficit de R$ 9,3 bilhões nas contas públicas em julho deste ano. No mesmo período do ano anterior, o resultado negativo havia sido de R$ 35,9 bilhões. Os números, que compreendem as contas de Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, foram divulgados nesta quinta-feira (5). O resultado sucedeu o déficit de R$ 38,8 bilhões em junho.
No acumulado de janeiro a julho de 2024, o resultado atingiu um déficit primário de R$ 77,9 bilhões, ante déficit de R$ 79,2 bilhões no mesmo período de 2023. Com o rombo acumulado do ano, ainda está distante a meta de déficit zero. “Vamos para reta final do ano em condições de cumprir a meta, diz o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron.
O resultado conjunto do Tesouro Nacional e do Banco Central foi positivo em R$ 13,2 bilhões, enquanto a Previdência Social apresentou resultado negativo de R$ 22,5 bilhões em julho.
Comparado a julho de 2023, o resultado primário observado decorreu da combinação de aumento real de 9,5% (R$ 16,0 bilhões) da receita líquida e de redução real de 6,0% (R$ 12,3 bilhões) das despesas totais.
Foram destaques o recolhimento de tributos administrados pela Receita Federal, com impulso principalmente da arrecadação de Imposto de Renda, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL).
No acumulado dos últimos 12 meses, o é de déficit de R$ 233,3 bilhões, equivalente a 2,04% do PIB (Produto Interno Bruto).
Para 2024, são previstas duas metas pelo governo. Uma é a de resultado primário, que deve ser neutro (0% do PIB), permitindo uma variação de 0,25 ponto porcentual para mais ou menos, conforme estabelecido no arcabouço. O limite seria um déficit de até R$ 28,8 bilhões. A outra é de limite de despesas, que é fixo em R$ 2,089 trilhões neste ano.