Em 2013, o mundo assistiu ao conclave que elegeu o primeiro pontífice latino-americano da história: papa Francisco. O processo secreto, realizado na Capela Sistina, reúne cardeais de todo o mundo para escolher o líder da Igreja Católica.
A eleição já passou por muitas modificações ao longo da história e a definição do processo como ocorre hoje se deu em 1271, pelo papa Gregório X. Foi ele quem estabeleceu que o processo passaria a ser “cum clave”, do latim “com chave”, e com restrições e regras sobre a votação.
Durante o processo, os cardeais fazem votos de sigilo absoluto sobre os procedimentos e discussões. processo de votação ocorre até que um cardeal obtenha dois terços dos votos, o que é necessário para ser eleito papa.
Mas quem pode votar? Algum brasileiro já chegou próximo de ser eleito? Confira a seguir algumas curiosidades sobre a eleição papal.
Conclave: sigilo absoluto durante a eleição
Durante o conclave, os cardeais fazem um juramento de sigilo absoluto. Não podem revelar nada sobre as discussões, os votos ou qualquer outra informação relacionada à eleição. Caso o sigilo seja violado, o cardeal pode ser excomungado.
Esse juramento serve para garantir que a escolha do novo papa seja tomada sem pressões externas, mantendo a integridade do processo.
Conclave: a eleição mais rápida foi de Bento XVI
O conclave de 2005, que elegeu o papa Bento XVI, foi um dos mais curtos da história, durando apenas dois dias. O processo de votação pode ser mais rápido ou demorado dependendo do número de votações necessárias para alcançar o consenso entre os cardeais.
Em contraste, conclaves anteriores, como o de 1978, que elegeu o papa João Paulo II, duraram mais de uma semana.
Já no primeiro conclave, em 1271, os cardeais levaram quase três anos para escolher um papa.
Conclave: apenas cardeais com menos de 80 anos votam
Se um cardeal tem 80 anos ou mais, ele não pode participar da votação. Essa regra existe porque a Igreja considera que os cardeais mais jovens, que ainda estão mais ativos fisicamente e mentalmente, são os mais aptos a escolher um novo papa.
No entanto, não há limite de idade para os cardeais que não votam. Esses cardeais ainda podem ser parte do conclave, mas apenas como participantes que não fazem parte da votação.
Conclave: simbologia através da fumaça
O ritual de sinalizar a eleição papal com a fumaça vem de uma tradição antiga. Quando os cardeais não chegam a um consenso, a fumaça que sai da chaminé da Capela Sistina é preta, indicando que o papa ainda não foi escolhido.
Quando a eleição é concluída, a fumaça branca é liberada, sinalizando ao mundo que um novo pontífice foi eleito. O anúncio visual atrai milhões de fiéis e curiosos de todas as partes do globo.
Conclave: cardeal brasileiro já foi cotado para ser papa
Odilo Pedro Scherer é arcebispo de São Paulo e foi mencionado na mídia internacional como um possível candidato para suceder Bento XVI em 2013. Apesar de receber alguns votos para ocupar o posto, ele foi um dos 115 participantes do conclave que elegeu o papa Francisco.
Conclave: papa eleito muda de nome
O cardeal escolhido tem o direito de aceitar ou recusar o título, mas em caso de assumir a responsabilidade ele deve escolher um novo nome. O costume começou em 533 com a eleição de Mercúrio, que decidiu não ser apropriado para um papa portar o nome de um deus pagão romano e se denominou João II.
A troca hoje em dia é carregada de simbolismo e pode ser feita para homenagear algum dos predecessores do papa, um apóstolo ou um mártir. Ela também está ligada à nova missão que estes religiosos assumem.
O povo