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Ceará detém mais de 70% da produção de castanha de caju do Brasil; Ocara, Barreira e Aracoiaba estão na lista

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O Ceará mantém a liderança na fabricação de castanha de caju, com uma safra estimada em 101 mil toneladas para 2025. Esse volume representa 71,2% da produção total do Brasil (141 mil toneladas), conforme dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Apesar disso, o Estado ainda registrará uma redução de 14,2% na produção em comparação com o ano anterior, quando totalizou 117,6 mil toneladas. A área cultivada registrou uma leve queda, passando de 126.755 hectares para 125.570 hectaresuma oscilação anual de 0 9%. 

Veja as 20 cidades que mais produzem castanha em 2025 no Ceará

CidadeÁrea plantadaColhidaProdução
Bela Cruz329193291911050
Beberibe28151281518812
Ocara14686146864914
Alto Santo10085100854454
Cruz12548125484068
Cascavel953995393620
Chorozinho13364133643533
Aracati942994293250
Barreira10806108063182
Itapipoca16361163612774
Itarema12659126592345
Fortim626162612120
Trairi11960119602056
Pacajus556555651985
Icapuí746174611795
Marco786878681686
Aracoiaba459345931403
Amontada721972191289
Granja483648361249
Jijoca de Jericoacoara424742471222

A produção constatada pela pesquisa, segundo o professor Francisco Tabosa do Programa de Pós-Graduação em Economia Rural da Universidade Federal do Ceará (UFC), era esperada em decorrência da quadra chuvosa registrada no ano anterior.

“Tivemos um bom inverno no ano passado. Isso propiciou, além do dólar elevado, um estímulo às exportações. Esse fator foi positivo para que os produtores buscassem aumentar a produção de castanha”, avalia.

Tabosa ressalta que o Estado mantém a liderança histórica na produção de castanhas, impulsionada por um ambiente propício à cultura, incluindo condições climáticas e solo favoráveis, além de um cenário econômico que estimula as exportações.

Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec), Amílcar Silveira, é necessário acompanhar o comportamento da cultura. “Nossa quantidade de exportação diminuiu muito e imagino que isso se deva ao mercado interno. No entanto, é preciso ter muita cautela. A castanha de caju é um produto nosso há muito tempo. Já chegamos a exportar 200 milhões de dólares e agora caímos para quase 40 milhões”, pondera.

Por que a castanha ainda é cara para o cearense 

Apesar da expressiva produção local, a castanha permanece um produto de alto custo para a maioria da população. Segundo Tabosa, essa situação se deve à pressão exercida pela demanda externa.

“A taxa de câmbio desvalorizada, com o real desvalorizado e o dólar valorizado, estimula as exportações. Boa parte da castanha produzida no Ceará é destinada ao mercado internacional, que também é favorecido pelo Porto do Pecém, o qual agiliza o escoamento da produção. Esses são os principais fatores que mantêm os preços elevados.”

Amílcar acrescenta que não há previsão para a redução do preço, já que a demanda do mercado interno absorve a oferta disponível por ser um produto saudável, presente em muitas dietas.

DN

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