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Caminhar 7,5 mil passos por dia ajuda a controlar os sintomas da asma

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Caminhar pelo menos 7,5 mil passos por dia — o equivalente a andar cerca de 30 minutos ou percorrer aproximadamente 4 km — contribui para o controle da asma moderada ou severa em adultos, em complemento ao tratamento medicamentoso. A constatação é de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a Universidade de Londrina (UEL), no Paraná, publicado no The Journal of Allergy and Clinical Immunology.

“Os resultados são tão impactantes que a Academia Americana de Asma, Alergia e Imunologia entendeu que esse estudo é capaz de modificar a prática clínica. Isso significa que, a partir desses dados, os profissionais de saúde podem auxiliar o paciente com asma sugerindo que ele caminhe mais para controlar os sintomas. E, mais do que isso, sabendo exatamente quanto esse paciente deve caminhar para colher os benefícios”, diz o fisioterapeuta Celso Carvalho, professor da Faculdade de Medicina da USP e orientador da pesquisa.

Os guias internacionais de asma já falam que caminhar é bom e importante para a saúde, mas isso vale para todas as pessoas, não somente para aquelas com a doença. O diferencial do estudo brasileiro foi quantificar essa caminhada e entender o quanto isso está associado ao sucesso no tratamento dessa condição respiratória.

“É importante destacar, no entanto, que essa é uma medida adjuvante ao tratamento medicamentoso, que não deve ser abandonado e nem substituído”, frisa Carvalho.

Para chegar à conclusão, os pesquisadores monitoraram 426 indivíduos com asma moderada ou grave, que foram acompanhados em ambulatórios da USP e da UEL. O critério de inclusão era ter asma e não fazer nenhum programa de exercícios físicos.

Durante uma semana, os voluntários usaram um acelerômetro, que é um tipo de relógio que funciona como contador de passos.

Eles também responderam a um questionário de controle da asma, composto por seis perguntas sobre sintomas específicos – entre elas, como dormiu, como acordou, quanto de falta de ar sentiu e se conseguiu fazer as atividades normalmente.

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