A caminhada diária é uma atividade simples e gratuita que oferece uma série de benefícios para a saúde. Andar de costas pode potencializar os resultados, propiciando ainda mais vantagens.
Acredita-se que a prática de andar para trás como forma de exercício tenha se originado na China. Ela se popularizou fora do país e hoje é usada também na fisioterapia para reabilitar lesões na parte inferior das pernas.
Além de melhorar a marcha da caminhada e a mobilidade, um dos benefícios mais bem estudados de se andar para trás é a melhoria da estabilidade e do equilíbrio do corpo.
Alguns minutos do exercício também podem melhorar a memória de curto prazo, as habilidades de resolução de problemas, reduzir dores nas costas e potencializar a queima de calorias, de acordo com o médico Michael Mosley.
“Os chineses têm um ditado que diz que ‘100 passos para trás valem por mil passos para a frente’”, afirma o médico no episódio mais recente de seu podcast Just One Thing.
Caminhar de costas faz com que o corpo gaste aproximadamente 30% mais energia em relação a andar para frente, segundo mostra um estudo publicado no International Journal of Sports Medicine. Por isso, a prática seria capaz de queimar mais calorias em menos tempo.
Na pesquisa de 2005, voluntários saudáveis perderam 2,5% a mais da gordura corporal ao adicionar a caminhada de costas ao plano de exercícios. “Caminhar para trás usa músculos que são menos ativos durante a caminhada para frente, como panturrilhas e canelas, bem como quadríceps, aquele grande músculo na frente da coxa”, explicou Mosley.
Um estudo feito na Universidade de Roehampton, no Reino Unido, revelou que o hábito de andar para trás ativa diferentes partes do cérebro em relação ao movimento padrão, como o córtex pré-frontal. Essa região está envolvida no planejamento, na tomada de decisões e na memória.
Metrópoles