A mulher de 28 anos que recorreu a um aborto com 20 semanas de gestação após um teste de DNA revelar, de forma errada, que a bebê que ela carregava no ventre não era do seu noivo desabafou após ir à Justiça em busca de indenização contra o laboratório responsável pelo desastroso resultado.
“A razão pela qual tomei uma atitude foi porque acreditei nesses resultados. Achei que era algo 100% verdadeiro. E isso me levou ao aborto”, disse a moradora de Yonkers (estado de Nova York, EUA), segundo a revista “People”.
“Vocês (o laboratório que coletou o material para a análise e o que fez o teste) acabaram com a família que eu poderia ter tido. Esta era a pessoa com quem eu ia me casar. Esta é a pessoa com quem eu queria construir uma família”, acrescentou a assistente administrativa se referindo ao noivo.
A americana e o noivo estavam tentando engravidar quando terminaram o relacionamento, em parte devido ao “estresse e agravamento” da incapacidade de engravidar.
Nesse período, a assistente administrativa ela fez sexo com outro homem, garantindo ter usado preservativo. Três semanas depois, ela reatou com o noivo. Em agosto, veio a notícia que ela tanto esperava: estava grávida.
Ela estava confiante de que o noivo era o pai da bebê. Porém, para ter certeza absoluta — e não querendo alertar o noivo sobre o sexo que teve com outro homem durante o término — a mulher se submeteu a um teste de paternidade.
A grávida e o homem com quem se relacionara brevemente procuraram o DNA Diagnostics Center, uma empresa que se orgulha de ter realizado mais de 20 milhões de testes que podem ser usados no tribunal e se autoproclama “líder mundial em testes de DNA”.
O resultado não foi o que a americana esperava: o noivo não era o pai da bebê, de acordo com o laboratório.
Naquela época, ela estava com quase 20 semanas de gravidez e encarando o prazo de 24 semanas para o aborto legal em Nova York. A americana foi forçada a revelar o drama ao noivo. Após discutir, o casal optou pela interrupção da gestação.
Os dois continuaram juntos, até que, no Dia dos Namorados (14/2), houve uma reviravolta no caso: a DNA Diagnostics ligou repentinamente com uma notícia impensável. O resultado que ela havia recebido foi devido a um “erro de TI”, informou o laboratório. O homem com quem ela fez sexo apenas uma vez não era o pai da criança que ela havia abortado. Devastados, a mulher e o noivo terminaram o relacionamento no mês passado.
A americana exige na Justiça que os laboratórios envolvidos no caso sejam responsabilizados pela decisão traumática que foi forçada a tomar.
“Com quantas outras pessoas isso aconteceu?”, questionou ela.
No processo que corre em tribunal de Manhattan, Nova York, o advogado da americana alega que os réus “tinham o dever de coletar adequadamente as amostras para teste, rotulá-las com precisão, enviá-las e manuseá-las adequadamente e, por fim, fornecer resultados precisos para o teste de paternidade de DNA pelo qual o autor pagou”, bem como a responsabilidade de “verificar os resultados dos testes de forma oportuna e precisa e empregar métodos de controle de qualidade para evitar” tais erros.
Extra