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HUMILHAÇÃO

Combatentes ucranianas capturadas pela Rússia afirmam ter sido obrigadas a desfilar nuas diante de inimigos

ANUA

Combatentes ucranianas feitas prisioneiras de guerra pelas forças da Rússia estão sendo torturadas e humilhadas por soldados russos numa campanha sistemática de abuso, revelaram sobreviventes.

Algumas foram submetidas a degradações cruéis, incluindo serem forçadas a marchar nuas na neve e se expor aos seus captores.

O jornal britânico “Telegraph” localizou quatro mulheres que concordaram em falar sobre os meses e, em alguns casos, anos que passaram em cativeiro. A guerra na Ucrânia vai completar em 24 de fevereiro três anos.

Seus depoimentos revelam a brutalidade com que as forças de Moscou tratam os ucranianos que capturaram, fornecendo provas de crimes de guerra.

“Eles nos levaram para os chuveiros com sacos sobre nossas cabeças, onde fomos forçadas a nos despir. Tivemos que andar nuas na frente dos homens e de todos os outros, curvadas, sob água gelada”, disse Larysa Kycherenko, de 53 anos, que serviu na Guarda Nacional da Ucrânia.

“Depois, fomos forçadas a cantar o hino russo enquanto estávamos nuas. Nós retornamos às celas em lágrimas, completamente perturbadas, chorando e em estado de histeriaEra desumano. Para eles, nós não éramos nada”, acrescentou ela.

Pelo menos 48 centros de detenção para combatentes foram identificados pela ONU. A Procuradoria-Geral da Ucrânia relatou que nove em cada dez prisioneiros de guerra que retornaram ao país sofreram tortura física e psicológica.

“Eu estava preparada para a possibilidade de morrer. Eu tinha aceitado isso. Mas quando me contaram sobre o cativeiro, foi a primeira vez que chorei”, disse Valentyna Zubko, uma médica militar de 30 anos que foi capturada na Usina Siderúrgica de Illich durante o sangrento cerco de Mariupol.

O relato de Valentyna é assustador: ela passou cinco meses e meio em cativeiro em quatro prisões diferentes. Ela ficava amontoada com outras quinze pessoas numa cela destinada originalmente para abrigar duas, com apenas um buraco no meio do chão como banheiro.

A ucraniana reforçou relatos sobre uma prática de tortura conhecida como “trenzinho”, na qual prisioneiros de guerra são forçados a se alinhar, curvados, e andar entre guardas inimigos, que os espancam.

“Cada guarda tentava nos bater enquanto andávamos. Estávamos com a cabeça baixa e eles nos forçavam a descer ainda mais. Fomos espancados violentamente e os guardas pareciam gostar. Não havia razão para aquilo. Eles só nos espancavam por diversão”, desabafou.

Tortura com choque também está sendo utilizada pelas forças russas, segundo relato de Snizhana Vasylivna Ostapenko, de 23 anos.

“Durante os interrogatórios, se eu respondesse de uma forma que eles não gostassem, eles me eletrocutavam”, contou ela, que era sargento da 56ª Brigada Mecanizada, que lutou pelo controle de Mariupol e pela usina siderúrgica de Azovstal. Ela foi capturada em 16 de maio de 2022 e libertada após cinco meses na prisão de Olenivka.

Extra

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