A alface é uma hortaliça muito comum no prato de quem deseja seguir uma alimentação saudável, seja na versão lisa, crespa, roxa ou rendada. Para cada 100 gramas, há apenas 15 calorias, o que a coloca como um alimento bastante recomendado em dietas de perda de peso.
Mas será que os valores nutricionais da alface compensam o “sacrifício” para aqueles que não são lá muito adeptos da folha? A nutricionista Gabriella Ferrari, de Brasília, garante que sim.
“A alface é basicamente constituída por fibras. Ela também é uma ótima fonte de antioxidantes”, afirma a nutricionista.
As fibras retardam a digestão e promovem a saciedade, evitando que o indivíduo coma mais do que o necessário e permaneça satisfeito por mais tempo, contribuindo para o controle do peso.
As fibras também têm um papel muito importante na redução do índice glicêmico das refeições, levando à liberação lenta do açúcar no sangue e evitando os picos de glicemia. Esta característica é especialmente benéfica para pessoas com diabetes.
O índice glicêmico indica a velocidade na qual o açúcar chega à corrente sanguínea e, consequentemente, altera nossa glicemia. Os carboidratos simples, como pão branco, massas e doces, têm alto índice glicêmico. Ou seja, chegam rapidamente à corrente sanguínea e causam picos de glicemia.
Para as pessoas com diabetes, bem como as que buscam emagrecimento e melhor qualidade de vida, os picos de glicemia devem ser evitados.
Para ter os benefícios da hortaliça, vale qualquer quantidade. “Mesmo uma folha já faz diferença”, considera Gabriella. Entretanto, o ideal é consumir pelo menos cinco folhas ao dia.
A alface contém também as vitaminas A e C, e minerais – como cálcio, ferro e fósforo. Mas os valores nutricionais desses micronutrientes presentes em três folhas, por exemplo, são muito baixos.
A alface é muito leve. Para conseguir comer 100 gramas – a quantidade base para cálculo dos valores nutricionais – seria necessário consumir cerca de 15 folhas.
“Os benefícios da alface não estão diretamente relacionados aos micronutrientes, mas às fibras que a alface tem”, aponta a nutricionista.
Metrópoles