O Brasil passou há poucas semanas pelas eleições municipais, mas o cenário para 2026 já está começando a se desenhar, ou pelo menos tem sido assunto de especulações. Ainda em um país polarizado entre o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nomes de possíveis sucessores são citados.
Lula não bate o martelo sobre ser candidato
O petista falou recentemente na probabilidade não concorrer à reeleição, o que poderia significar o seu quarto mandato no comando da República. Em entrevista à CNN Brasil, Lula afirmou que irá discutir o tema com sobriedade e deixará para pensar apenas em 2026.
“Governar não é como praticar esportes. Não é o problema da juventude que vai resolver os problemas da governança. O que vai resolver o problema da governança é a competência do governante, o compromisso, a cabeça, a saúde (do governante)”, declarou o presidente de 79 anos.
“Se chegar na hora e os partidos entenderam que não há outro candidato para enfrentar uma pessoa de extrema-direita – que seja negacionista, que não acredita na medicina e na ciência -, obviamente, estarei pronto para enfrentar”, acrescentou Lula.
Nomes começaram a ser ventilados, como o de Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda, mas principalmente o do ministro da Educação, Camilo Santana (PT), ganhou mais força e repercussão nacional.
O ex-governador do Ceará fez o seu sucessor no primeiro turno, se elegeu o senador mais votado do Estado e também garantiu ao PT a única capital do partido nas eleições com o seu aliado Evandro Leitão, além de estar à frente de uma das pastas mais importantes do Governo.
Apesar de especulações, Camilo afastou a tese. “Eu tenho mandato de senador, não tenho intenção alguma de disputar nada em 2026”, disse.
Bolsonaro está inelegível até 2030 e são vários os citados como possíveis candidatos pela ala da direita para concorrer à Presidência do Brasil, como Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, Pablo Marçal (PRTB), ex-coach e ex-candidato a prefeito da capital paulista, Ronaldo Caiado (União), governador de Goiás, e Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo.
Apesar de impedido, o ex-presidente se coloca ainda como o candidato para disputar a cadeira de comandante do Executivo do país. Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, ele afirmou que não há nomes à direita, senão o dele, para a disputa à Presidência da República de 2026.
“Só depois que eu estiver morto. Antes de eu morto, politicamente não tem nome”, disse Bolsonaro. Para o ex-presidente, a direita “não tem dono”, mas, sim, “um líder”, posto ocupado por ele de forma “incontestável”.
Sobre Tarcísio, o ex-presidente disse que ele é um líder no Estado de São Paulo, mas não a nível nacional e ainda declarou, “ninguém vai me provocar”.
O Povo